Vale a pena usar esse espaço para falar como o termo "educação" se tornou meramente comercial e lucrativo para "senhores de posses". Algo tão rentável, que pessoas sem nenhum domínio pedagógico/administrativo estão investindo, divulgando e iludindo.
Há mais ou menos três meses, eu e meus colegas ficamos sem esperanças de voltar a estudar por causa de uma faculdade autorizada pelo MEC que, de uma hora pra outra, fechou suas portas, a Polifucs. Sem direito a questionamento e, pior ainda, reembolso pelos semestres pagos, ficamos a esperar que alguma notícia nos encaminhasse para a conclusão da graduação equivalente, o que não veio. O MEC, que autoriza, regulamenta, checa as estruturas da faculdade, e deveria assumir a responsabilidade pelos alunos da Polifucs, não deu um passo em prol da nossa garantia de estar em uma faculdade.
Nada foi feito e mais uma faculdade fechou suas portas, se transformando no mais novo condomínio luxuoso de Lauro de Freitas. E, creio que outras também extinguirão seus ensinos como já está previsto pelo MEC.
Então, concluo, meus caros visitantes, que esse "credenciamento" que deveria nos proteger de situações como essa, nada mais é do que uma forma de enganar e persuadir aqueles que acreditam na instituição.
E como ficam os estudantes que, como eu, contavam com uma formatura? E como ficam as matérias, tempo e dinheiro perdidos nesse período de ilusão?
"Educação" hoje em dia é um termo tão comercializável quanto qualquer produto a ser vendido na esquina. Hoje, nem quem pode pagar bem por uma faculdade não tem a garantia de se formar por ela.
A questão da conscientização é importante, pois os jovens não querem ( e não podem) perder tempo com promessas. Eis o tempo que jovens faziam a diferença, iam nas ruas, gritavam por qualidade de vida. Saudades! Nas próprias escolas, podam o direito de se auto-melhorar, de crescer. Os futuros universitários são obrigados a acatar regras injustas de conduta, em nome de uma educação que nunca vem.
Hoje resolvi falar sobre essa matéria. Talvez um desabafo de uma estudante que confiou demais em algo de menos. Talvez um grito de socorro para presidentes que pensam em "encher" cidades de um ensino superficial, barato, e totalmente no lema "pagou, passou". Talvez para querer resgatar um tempo em que diploma era algo conseguido por esforços estudante-instituição.
Hoje resolvi falar sobre essa nota de jornal, que é mais do que um alerta a quem pensa em entrar na faculdade. É um aviso de que tudo pode ser comprado, inclusive o seu direito de aprender...
2 comentários:
Perfeito, muito mass o texto e sua colocação.
Confesso que fiquei com medo, receio, sei lá... deu um gelo no peito. Pagar não é ter, ter não é poder, logo digo por essas palavras que pagamos e não temos o ensino merecido, temos e não podemos dizer ou receber um diploma, quer dizer, DIPLOMA=CURRICULUM, claro... "Você posta um 'curriculum' numa determinada empresa e aguarda... o determinado emprego que você sonha..." será que é isso que o acadêmico merece, tanta insegurança, se bem que isso não é mais novidade... e há que diga né Nara? pois é, já respondendo... esse sistema nos deixa triste e desamparados sempre... digo sempre, pois não se tem dimensão do que pode acontecer no amanhã.
Hilton Souza.
Realmente Nara.. A palavra "Educar" não pode ser tão empregada no presente. Há muitas instituições que poderiam ser chamadas de "laranjas" por ser somente uma faixada, mas,pois não ferecem um ensino e um diferencial num mercado competitivo de faculdades.
Temos um bom exemplo disso de sonhos desmanchados ou adiados, mas,os mais persistentes devem continuar "sonhando, mas acordado.."
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