domingo, 17 de fevereiro de 2008

PÉSSIMO OTIMISMO!

Talvez eu não tenha nascido pra amar. Talvez, lá de cima, haja algo que me impeça de me entregar, de sentir uma verdadeira e recíproca sensação do amor.
Talvez, aqui dentro, não haja resquício do que um dia senti.

Talvez, tenha tido apenas sorte no jogo. Porque eu sei jogar, eu sei distribuir racionalmente cada partida. Sei quando ganho. Sei quando perco. E quando é hora de me afastar. A razão, sempre fala mais alto, mesmo quando meu coração chora.

Talvez, meu destino não seja de mais ninguém. Ou talvez seja.

Talvez, tudo o que busco, já tenha sido encontrado, distante demais pra voltar.

E nesse talvez, eu tenha deixado escapar duas das únicas chances de compartilhar sentimentos. Uma, eu perdi. A outra me perdeu.

Ser feliz é fácil. Ser feliz é apenas o seu passo pra que tudo continue caminhando. Mas, onde estará o outro par? Onde?

Talvez, não mais que talvez, o encontre em uma esquina. Ele estará me esperando, triste, solitário, paciente e indefeso. E, nos meus longos passos, talvez seja ele o dono da minha vida...

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