Trancam o passarinho na gaiola. Dão-lhe água e sementes. Mas não é suficiente. O passarinho precisa de mais. Precisa voar, viver, cantar.
Pobre passarinho que foi resumido a um enfeite. Suas noites já não são tão frias e seus dias tão alegres. Sua forma de ver o mundo se limitou a aquele espaço, aquele ritmo, aquela prisão.
O passarinho sempre teve vontade de viver. Sua ânsia em buscar algo novo era parte de seu espírito aventureiro. E sua juventude, onde foi parar? Ali, o passarinho não vivia, sobrevivia. E seus dias nada mais eram do que imitações rotineiras de pulos e lágrimas.
Olhem para o passarinho, ele quer voar. Olhem para sua tristeza. Naquela minúscula gaiola há um coração, há um ser, há uma esperança.
Olhem para o passarinho, seu coração já não bate mais...
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