Uma coisa percebo a cada dia, é difícil lidar com o ser humano. E isso é uma das maiores verdades do mundo.
Quando conhecemos alguém, começamos a criar um elo com aquela pessoa. Cada conversa, cada atitude, cada ação faz parte da linha histórica que traçamos sobre ela. E fica tudo registado no arquivo perceptual daquele alguém. Podemos esquecer pequenos detalhes, mas não esquecemos a maioria.
A mesma coisa acontece conosco. Mas isso depende, claro, do grau de observação do outro, e não somente da experiência que ele teve com a gente.
E isso é algo tão sério quanto preocupante. Envolve várias questões como confiança, moralidade, caráter, verdades... E disso provém determinados rótulos, que nos envolvem a vida inteira.
Sempre avalio minhas relações sociais baseadas nesse parâmetro. Se errei (todos erram), procuro consertar da melhor maneira possível, para não estragar essa linha que traço constantemente com aquela pessoa. Cada passo que dou, é analisado. As alegrias que proponho, os amigos que uno, o choro que afago... Construo minhas pegadas sem esperar retorno, mas acreditando que serei recompensada ao lembrarem de mim. Porém, há pessoas que parecem não se importar muito com esse elo. Gritam, humilham, roubam, erram, e acham que o tempo apaga sem mover um único dedo pra que isso aconteça.
A maturidade ensina que devemos ser bons não só aos nossos olhos, mas aos do outro também. Todos esperam algo de nós e isso é um ciclo. Devemos ser os melhores sempre, quer em uma cumplicidade, quer em uma aproximação ou quer simplesmente em um contato que deveria ser indiferente.
Vocês já pararam pra pensar em quanta gente magoamos na nossa estrada? E em quanta gente nos magoou? Ás vezes por uma besteirinha não remediada a tempo, nos afastamos e perdemos a única oportunidade de viver a vida com aquela pessoa. Rompemos a única chance de conhecer pessoas maravilhosas, viver momentos emocionantes, ter aquele amigo que precisava porque simplesmente não estávamos em um bom dia e maltratamos a todos.
É difícil sorrir pra todo mundo. É difícil ser o que se espera. Mas, o grande desafio é tentar. E o que está em jogo? A nossa simples e eterna imagem.
"Tu se tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"- Livro Pequeno Príncipe.
Um comentário:
Pois é Nara! Concordo com o texto que está muito bom, mas, não entendi quando diz: Se você erra, todos erram? Será?
O lidar com o ser humano por suas nuanças é dfícil mesmo, o problema é que as pessoas também não querem ceder um milimitro das sua vaidades.
Acho que se temos e exercitarmos o perdão, a bondade, a compreensão, a humildade teremos mais chance de termos boas amizades sem machucar alguém.
Lembremos que somos seres imperfeitos e como tal sempre passivos de erros de avaliações e erros mesmos cometidos por nós.
Agora, percebamos que a vida é um aprendizado constante...
"Todo mundo quer ir para o céu, mas, ninguém quer morrer" Bob Marley.
bjs
O Sibarita
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