quinta-feira, 7 de maio de 2009

CARYBÉ- Artista Multifacetado


Hector Julio Páride Bernabó ou Carybé (Lanús, 7 de fevereiro de 1911 — Salvador, 2 de outubro de 1997) foi um pintor, gravador, desenhista, ilustrador, ceramista, escultor, muralista, pesquisador, historiador e jornalista argentino naturalizado e radicado no Brasil.


Durante a época que morou no Rio de Janeiro, foi escoteiro. Lá, era costume cada um ser identificado por um nome de peixe e ele recebeu o apelido de de Carybé (nome de um tipo de piranha). O artista usou-o então como alcunha no lugar do seu nome de batismo, muito parecido com o do seu irmão, também pintor.

(A Morte de Alexandrina-Carybé)

(De tardinha- Carybé)
Em 1938, foi para Salvador, fixando-se definitivamente na Bahia a partir de 1950. Sete anos mais tarde, naturalizou-se brasileiro.

(Vadiação- Carybé)

Fez cinco mil trabalhos, entre pinturas, desenhos, esculturas e esboços. Ilustrou livros de Jorge Amado e Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez. Era obá de Xangô, posto honorífico do candomblé.

(Bahia- Carybé)
(Batucada- Carybé)
Suas obras, tanto pinturas como desenhos, esculturas e talhas, refletem a chamada baianidade, através da representação do cotidiano, do folclore e de suas cenas populares. Em 1955, foi escolhido como o melhor desenhista nacional na III Bienal de São Paulo.

Era obá de Xangô, posto honorífico do candomblé. Inspirado pela cultura afro-brasileira, no início da década de 1970 dedicou-se a fazer talhas que focalizavam seus rituais e orixás, em obras como Festa de Nanã, Alá de Oxalá, Ajerê e Pilão de Oxalá.

(Festa do Pilão de Oxalá- Carybé)
Em seus desenhos e aquarelas, predominam a cor sépia, como no álbum Sete portas da Bahia. Além desses trabalhos, destacou-se pela criação de murais, hoje expostos em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Montreal, Buenos Aires e Nova York.

(A feira- Carybé)
(Sertão- Carybé)
Freqüentador assíduo dos terreiros de candomblé baianos, embora dissesse não acreditar na vida após a morte, faleceu, no dia 1º de outubro de 1997, no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, depois de sofrer um enfarte.

Uma parte da obra de Carybé se encontra no Museu Afro-Brasileiro de Salvador. São 27 painéis representando os orixás do candomblé da Bahia. Cada prancha apresenta um orixá com suas armas e animal litúrgico. Foram confeccionadas em madeira de cedro, com trabalhos de entalhe e incrustações de materiais diversos, para atender a uma encomenda do antigo Banco da Bahia S.A., atual Banco BBM S.A., que os instalou em sua agência da Avenida Sete de Setembro, no ano de 1968.

(Boteco- Carybé)
Fontes: Wikipédia
Encarta-BR 2000

(Bate papo- Carybé)
*Uma das principais características de seu trabalho é a linha, espaço e volume, basicamente. A afetividade existe entre diversos níveis e a carga de trabalho. Um fato curioso, na sua pintura, se dá com a presença de pessoas, animais e objetos dentro de caixas e formatos geométricos, em cantos específicos da tela.

OUTRAS OBRAS:
(Mercado de peixes- Carybé)

(A mulata grande III- Carybé)


(Os caçadores- Carybé)

(Xaréu- Carybé)

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