Enfim, cá estamos nós para dissertar sobre um assunto que muito me incomoda: namoro. Para pouquíssimas pessoas que me conhecem, acredito que só em falar sobre o tema já requer uma evolução espiritual muito forte em mim (risos).
Não, eu não mudei porque estou namorando! Não vou mudar de opinião, independente de meu estado civil. Certas coisas são muito claras quando se olha de dentro...
Pois, veja bem...
Namorar não é estar COM alguém. Namorar é estar EM alguém. Bem diferente da concepção econômica e publicitária (e olha que eu sou formada em Publicidade) de que namoro é status social, defendo que namorar é dom. Tem que saber lidar com o outro, saber apoiar, compartilhar. É um exercício contínuo de paciência, de dedicação, e de observação. Sim, observação! Olhar um pouco o outro por outro ângulo: o interior. Certa vez li em algum lugar que relacionar-se com alguém é matar um leão por dia. Concordo com o exagero. Sair do mundo onde somos protagonistas, para írmos a outro onde somos coadjuvantes não é confortável para ninguém.
Como tenho pouquíssimo tempo nessa prática (namoro), não posso assegurar que tirarei dez na matéria, porém me esforço para ser uma boa aluna e impressionar o professor. Porque vontadinha eu tenho, garra eu tenho, e estou confiante na missão de me doar...
Então, hoje venho aqui para dizer que dia dos namorados é todo dia que presenciamos estrelas cadentes juntos, que passeamos na praia, que vemos a lua se pôr, que observamos o jeito do ado de comer macarrão com vontade... É todo dia que discutimos o foco da fotografia, ou raptamos o outro só pra ver a lua cheia, ou quando nos apossamos da pracinha por causa de um momento especial, e ela passa a ser nossa... Dia dos ados é quando sentimos tanto aquele sentido da música, que ela parece explodir dentro de nós em melodia, é quando apenas um toque das mãos nos deixa confortável a ponto de relaxar, e tudo pára só quando ele escreve uma poesia para nós...