quarta-feira, 18 de julho de 2012

Agridoce - 130 Anos


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130 anos

(Agridoce)

Caro é transformar-se num arremedo de si próprio a ponto de nem se reconhecer mais

Hoje eu tenho 130 anos, isso não estava nos meus planos

Você sabe, a desordem é tenaz.



Tantos laços, tantas amarras

Os controles, pretensões

Nada adianta se o vento não soprar



Esse vento sob minhas asas,

Eu não mando mais em nada.

Sei que é alto, mas eu vou pular



O que todos vão dizer

E aonde vão chegar

Nem os olhos podem ver



Decidido, eu não volto pra casa

Ao lar, ao corpo e todas as palavras

Que a vontade, conseguir pensar.



Segue o vento sob minhas asas

Eu não mando mais em nada

Sei que é alto mas eu vou pular



O que todos vão dizer

E aonde vão chegar

Nem os olhos podem ver


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