Adooooro estudar pessoas. Cada uma, no seu encanto, transforma minha vida. Hoje, em particular, me dediquei a ver o filme "Piaf- Um hino ao amor". Não conhecia nada sobre Édith Piaf, até minha ex-chefa falar sobre o encantamento das suas músicas francesas e, confesso, uma das mais belas estórias de vida e dedicação a música já vista.
Em 19 de dezembro de 1915 nascia, em Paris, Édith Giovanna Gassion. Filha de uma cantora de rua e de um contorcionista de circo, Piaf (nomeada assim por parecer um pequeno pássaro) teve em sua vida várias passagens dignas de grandes dramas. Quando pequena, foi obrigada a morar com a avó paterna, que gerenciava um bordel, e obteve grande influência disso na sua vida e na sua personalidade. Devota de Santa Tereza desde que recuperou sua visão, após ficar dois meses sem enxergar devido a uma doença, Piaf sempre utilizou de sua fé para superar suas perdas.
Leplée, produtor de cabaré, assina o primeiro grande contrato de Piaf, porém morre assassinado meses depois em seu apartamento.
Cantando unicamente canções que remetessem ao seu passado, Piaf se reergue aos palcos de todo o mundo e emociona com sua melancolia proveniente de uma solidão e uma personalidade maltratada por desafetos.
E, para suprir a carência emotiva, envolve-se em diversos relacionamentos amorosos, destacando-se por apoiar e divulgar os trabalhos de seus parceiros. Torna-se compositora, atriz de uma peça teatral dedicada a ela. Em uma das primeiras composições, destaca-se "La Vie en Rose", principal título de sua carreira.
Mas o amor que ela tanto perguntava a Santa Tereza surgiu em forma de pugilista (Marcel Cerdan). Juntos, viveram um tórrido romance que acabou em tragédia. Em um dos marcados reencontros, o avião de Marcel cai. Arrasada pelo sofrimento, Piaf aplica-se fortes doses de morfina e torna-se dependente química. Mas seus romances não acabam. Mesmo arrasada pela perda de seu grande amor, Piaf vive outros romances.
A cantora de salão de enorme prestígio tem um envelhecimento precoce ocasionado por uso de medicamentos e de excessivos shows pelo mundo. Morre, aos 47 anos, e deixa registrado na gravação da sua última apresentação uma das músicas mais conhecidas até hoje, e que, segundo ela, representa toda a sua vida: "Non, je ne regrette rien"
Obs: Interessante analisar que alguns ícones da estória costumam morrer cedo demais à nossa concepção, porém a vida que eles levaram e os sofrimentos provenientes de seus destinos, o fazem merecedoras de toda a nossa admiração e nosso conhecimento. Eis um belo exemplo, Frida Kahlo, pesquisada há alguns meses pra divulgação do NN Blog.
"Eu sempre quis cantar - como se eu sempre soubesse que um dia eu tomaria meu lugar na canção. Era como uma premonição que me vinha quando eu ouvia os aplausos”. (Édith Piaf)
"Non, rien de rien, non, je ne regrette rien
ni le bien qu`on m`a fait, ni le mal
tout ca m`est bien egal"
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