quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

AULA DE NATAÇÃO - DIA 1

Falar em nadar comigo era sinônimo de altos vexames. Vc já viu como fica uma rã tentando se equilibrar dentro da água? Bom, a diferença é que ela não afunda...


Sempre sonhei em aprender a nadar. Minha frustação era ver aquele povo atravessando a piscina funda como se flutuasse, enquanto eu, presa nos meus medos, me agarrava na borda.

Minha motivação em aprender a nadar agora é que, além de condicionamento físico, terei a chance de pôr em prática o tema que li na revista, "UMA VEZ POR DIA FAÇA O QUE VOCÊ NUNCA FEZ". Um título até bobo para os aventureiros de plantão, todavia...

Sempre fui o tipo de menina sedentária. Faço caminhadas uma vez na vida e tenho logo enxaqueca pelo esforço. Tenho 28 anos e até que nem sou gordinha, para meu estilo de vida. Peso 55 kg. Adoro comer massa e fritura, e adoro dormir depois de comer isso. Sou aquela que deita no sofá, com o notebook no colo, e reza para não ter esquecido o controle remoto da tv distante. Sou preguiçosa e dorminhoca quando quero. E, com tudo isso, vc deve se perguntar o porquê d´eu não ter infartado ainda.

Meu coração andou palpitando um pouco demais esses dias. Desde pequena sempre tive arritmia. E agora que vejo tantos jovens morrendo de ataque cardíaco é até demais contar com a sorte para viver mais tempo (culpa dos lanches gordudeliciosos...huuummmmm).


Meu primeiro contato com a piscina foi meio frio (apesar dela estar aquecida). Eu olhava pra ela como se fosse uma grande boca a me engolir. Ganhei de presente do prof João a touca e o óculos, e um "bem-vinda, vou exigir bastante de você". Acreditem, isso é motivador!

Fui apresentada a turma (todos bem adiantados na natação), e entendi porquê aquele pedaço de isopor esticado se chama macarrão.

O prof me ensinou a bater os pés (que eu fazia desordenadamente) e apoiar-me em uma pranchinha. Condicionei uma pernada atrás da outra com uma musiquinha mental de militar (um, dois, um, dois...), sempre mantendo a cabeça fora da água. No início, lá estava mais uma rã, depois fui conseguindo alinhar. O prof estava ao meu lado, me impulsionando e tentando me fazer flutuar. Ele me levava e me trazia, de uma ponta a outra. Eu só batia os pés.

A piscina de 15 metros me fazia parar umas dez vezes a cada cruzada. Como é difícil ordenar as pernas! Ou ficam tensas, ou moles e lerdas... E minha respiração,então... Igualzinha àquela que ensinam na hora do parto, sabe?

Pra finalizar a hora, esforcei-me ao máximo para conseguir. Eram os últimos minutos que me motivariam ou me fariam desistir. E, na reta de chegada, bati os pés com vontade e me concentrei. Quando vi, tinha me movido sozinha dentro da água, deixando o prof parado lá atrás.

Foram os dois metros mais felizes da minha vida!!!!


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